As vezes estou triste, mas isso não
significa que sou triste.
Tem dias que tudo é mais difícil
sim, e sorrir custa um esforço enorme, e a solidão é companhia.
O mundo prega tantas coisas: tenha
isso, faça aquilo, se alimente dessa maneira, seja bonito, seja esperto,
apareça, quando na verdade a única coisa importante que deveria pregar, é:
fique em paz, sendo você mesmo.
As vezes minha força me irrita um
pouco, porque no fundo eu só queria ser uma criança e poder chorar sem ter
vergonha, sem medo de parecer fraca, mas existe uma pessoa que habita que em
mim, que jamais aceita pedir ajuda, jamais permite parecer fraca, as vezes não
gosto dela.
Essa pessoa, é tão mais forte do que
eu, porque ela anula esse meu outro lado frágil, não aceito ser frágil, nunca
aceitei, não posso permitir, mas queria.
Mas hoje estou cansada, e escrever é
o meu melhor remédio para curar as dores que atravessam a minha alma e agridem
o meu corpo.
Quem disse que não posso ficar
quieta e ter uma conversa franca com Deus? Ele me ouve tanto, sei porque ao
final de cada diálogo, Ele me consola em seus braços e me faz dormir.
E quando adormeço, sei que fui
acolhida e que Ele prestou atenção na nossa conversa.
É triste as vezes, mas quem disse
que deve ser fácil sempre?
Que antidoto foi esse criado com o
nome de “a pílula da felicidade”?
Ser feliz, não significa estar feliz
todos os dias, minutos e segundos, isso soaria hipócrita e mentiroso, e eu não
sou nem uma coisa nem outra, só de vez em quando, quem não é?
O medo nos afasta do mundo, mas esse
afastamento não é ruim, serve para que possamos enxergar o meu mundo, onde só
habita uma única pessoa, eu.
Todo mundo tem uma parte de si, que
é só sua, onde ninguém mais pode entrar e isso foi um presente de Deus para
nós, porque é bom ficar sozinho e ouvir a sua própria voz.
Hoje, foi o máximo que pude extrair
de mim...
E para finalizar, a voz de alguém
que me entende como se tivesse me parido: “Eu não sou tão triste assim, é que
hoje estou cansada”. C.L.
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