quinta-feira, 28 de novembro de 2013

maluca prá ser bonita


Estamos todas malucas!
Malucas para nos enquadrarmos nos padrões de beleza estipulados pela mídia.
Hoje percebi o quanto sofro para ficar magra, e olha que não sou gorda, sou tamanho 42. Isso é ser gorda? É, hoje em dia é, e isso é muito sofrido.
Desde muito nova, sofro com meu peso, quando era adolescente ouvia cobranças terríveis da minha mãe, que desejava me ver sempre linda e com roupas que evidenciassem isso. 
Sempre tive pernas grossas, bunda grande e sempre odiei ser assim.
Hoje estou com 35 anos e muitas vezes me vejo envergonhada pelo que sou.
Já fiz dietas que me fizeram perder bastante peso, e a olhos nus percebia-se que não era natural, apesar dos elogios, no fundo eu sofria, porque sempre queria ser aquilo que eu não era.
Agora estou numa nova dieta, pastando para perder míseros 5 quilos, e como tudo isso dói, porque a única coisa que eu quero é me olhar no espelho e me aceitar, com minhas curvas, do meu jeito.
Quero aprender a me amar, a encarar minhas imperfeições, como sinais de que o tempo passa e que com 35 não tenho que ter o corpinho que tinha aos 20, porque isso só me impede de ser realmente feliz como sou e também tenho inúmeras coisas legais, aqui dentro de mim, que são tão mais importantes...
Chega de cobrança inútil, se cuidar é bom para a saúde, mas tornar-se uma escrava da magreza e de tudo aquilo que uma sociedade medíocre nos dita ser, é assinar embaixo, que continuamos submissas a muitas coisas.
Cadê o ato heroico daquelas mulheres estadunidenses queimando seus sutiãs em praça pública? Elas fizeram isso há muitos anos atrás para nos liberar das opressões de uma sociedade machista.
E devemos continuar mantendo atitudes contra tudo aquilo que possa nos oprimir.
Não somos escravas de padrões de nenhuma forma, somos mulheres maravilhosas, fortes e capazes de sermos felizes, simplesmente sendo nós mesmas.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

nós e eles


A relação entre homens e mulheres sempre foi um tema muito discutido, as diferenças, os direitos, entre outras tantas miudezas.
Pessoalmente, penso que somos bem diferentes, mas com direitos e deveres iguais.
Infelizmente até hoje o machismo dominante impera, homens dominadores com suas mulherzinhas dominadinhas. Ou será o contrário?
Não pensamos igual, não sentimos da mesma maneira e graças ao bom Deus é assim, porque se não fosse, onde estaria a graça do encontro?
Sou meio feminista, gosto de bater de frente quando percebo uma certa manipulação masculina no ar.
Amo ser mulher, gosto do ombro forte, de me sentir segura, protegida, mas não abro mão das minhas próprias idéias, acho até que somos inteligentes o suficiente para demonstrarmos certa fragilidade, claro, sem parecermos bobinhas, porque não somos. Ninguém é!
Podemos e devemos articular com o mundo, irmos em busca de melhores salários, ideais de uma vida mais completa, com direitos de opiniões.
Obviamente sem abrirmos mão da ternura feminina, nós mulheres regemos o mundo, não sendo arrogantes, exatamente ao contrário, regemos por sermos seres doces e iluminados.
Vamos criar nossos filhos para serem homens, capazes de respeitarem uma mulher, pois ainda hoje, encontro mulheres mais machistas que muitos homens.
Tentemos dividir os espaços, em casa e na rua. Dividindo, para somar.


"É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta."
Simone de Beauvoir

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

por Clarice...

"Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso a intuição, o instinto. Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo inintelegível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana e animal." Clarice Lispector

voltando a escrever



Voltar a escrever... isso me traz uma alegria grande, que deixa meu coração aberto, feliz, pronto para correr o mundo, ser livre... colocar nas palavras as idéias que permeiam minha alma, isso é o que me traz liberdade, a mais pura liberdade, porque escrevendo sou mais eu e sou o que quero ser.
Minhas histórias são simples, porque a simplicidade tem mais beleza, mas mesmo simples, sou complexa, porque sou mulher, e isso faz de mim um ser naturalmente inquieto e com sentimentos perturbadores, cheios de questões que talvez jamais tenham respostas, mas acho que as respostas não são mais importantes que os questionamentos.
E aprendi muita coisa dessa forma.
Tem muitas coisas que quero dizer... então, eu digo.