quarta-feira, 31 de agosto de 2016

plante amor, colha amor


E hoje o dia se fez claro, e todas as flores desabrocharam, como nas manhãs claras de domingo.
E eu pude perceber como o amor move o mundo mesmo. 
Move na guerra, nas lutas simples e diárias, move nos corações apaixonados, ou nos corações solitários.
O amor, se move em nossas vidas, como um balé clássico ou uma dança contemporânea. 
Por amor e em nome do amor, somos capazes de voar alto e tocar o firmamento, com a ponta dos dedos.
E como dizia o poeta: "...É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã..."
Então ame, faça isso com respeito, admiração, cuidado, sonhos multiplicados, dores divididas, afetos jamais acabados.
Comece a amar, um pouco mais a si mesmo e a valorizar todas as cicatrizes, deixadas em sua alma, através de cada golpe duro e doloroso da vida.
Sonhe com os dias de sol e não se detenha quando a chuva cair, é preciso estar pronto para os dias cinzas, pois esse cinza que assombra a sua alma, faz parte da cartela de cores, chamada VIDA.
Jamais se detenha, esteja pronto para o amor, com sua flores e espinhos, talvez ninguém seja feliz sozinho, mas se sozinho estiver, plante flores e frutos no jardim de seu coração, colha o que for bom e dissepe o que for te limitar e te entristecer.
Seja dono de um coração amoroso, e acredite nessa força que está dentro de você.
Alimente sua alma, com o doce da vida e aprenda a se curar quando o amargo aparecer.
Cante, leia, dance, ouça os próprios passos e respeite o seu tempo de recomeçar tudo outra vez.
Seja feliz, porque isso só depende de você.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Luiza.


Luiza estava determinada. 

Sabia que naquele momento o melhor a fazer era afastar-se de tudo aquilo que já não a fazia mais feliz, foi depois dessa decisão que resolveu fazer as malas e dizer adeus.

Disse adeus aos sonhos, aos momentos de prazer, às mágoas, aos projetos de uma vida à dois.

Ela estava certa que a emoção já não existia mais e do fundo de seu âmago quis romper com os nós, difícil foi desfazê-los, mas não havia mais dúvidas...

Luiza era uma mulher dessas que não se vê mais, tinha nascido numa época em que mulheres são de uma extrema submissão devastadora, desde sempre prontas para casarem e serem boas esposas e amantes caladas, sem nenhuma vontade respeitada.

Fez tudo diferente do que esperavam dela.

Depois de meses em seu casulo resolveu sair pro mundo, abriu as janelas da alma e foi linda caminhar pela vida e a lição que nos deixou ,é tão limpa e direta, que não nos resta dúvida alguma, de que ser feliz é uma escolha, uma opção de coragem, e a pessoa que mais precisamos nesse mundo somos nós mesmos.

Então, Luiza foi ser feliz e brilhou por muito, muito tempo, brilhou até o fim.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Minha vida, minhas regras.



Minha vida, minhas regras.
Como pode uma sociedade em pleno século XXI, numa era tecnológica avançada, onde as informações podem ser adquiradas através de um clik, ainda ser uma sociedade tão arcaica e boçal?
Ainda hoje, termos nossas aparências julgadas, muito mais do que nossas atitudes.
Preconceito contra o negro, o pobre, o tatuado, a mulher, o gordo, o cabeludo, a orientação sexual, o nordestino, e por aí segue, inúmeras formas de julgar alguém, através de característica nascidas ou adquiridas.
O que está de fato ocorrendo na mentalidade humana? 
Que história é essa de retroceder num tempo, onde a liberdade de expressão, era tida como pecado, ou simplesmente algo errado, onde era cerceado o direito legítimo de ser quem se é.
Não obtenho respostas claras o suficiente para que se possa esclarecer mentes do tamanho de caroços de azeitonas.
Você aí, que nesse exato momento está lendo essas minhas palavras carregadas de revolta, por fazer parte de uma humanidade desumana, onde apontar o dedo, é mais fácil  do que respeitar o outro, me responda: O quê está havendo com essas pessoas que estão involuindo nesse processo chamado vida?
Provavelmente você também não terá essa resposta, já que o que estamos vendo e ouvindo é de nos cortar a alma.
Não é mesmo?
Julgar, ou determinar regras que exterminam a sua liberdade de se expressar através da maneira que você se veste, das tatuagens desenhadas em seu corpo, do tipo de cabelo que você tem, não pode ser ainda considerado normal.
O normal, é o respeito entre os viventes desses Planeta Terra, que está ficando oco, de tantos pensamentos e atitudes geradas através de uma hipocrisia sem tamanho.
Se errado realmente fosse ter cabelos compridos, crespos, armados, coloridos, raspados, desenhados, o que poderíamos falar sobre os políticos que nos representam com suas vestimentas impecáveis e seus cabelos cortadinhos e alinhados e que nos roubam na maior cara dura, nessa merda de país que elimina dia a dia nossas forças para lutar?
Chega de um mundo onde as aparências são mais importantes do que o caráter. Chega de um mundo, onde nos é imposto que deveríamos ser todos meros playmobils.
Por que vejo uma sociedade mentirosa, que parece nunca ter ouvido a expressão: "As aparências enganam."
E eu te digo, sim, elas enganam, nos fazendo acreditar que o modelo correto de roupa, de cabelo, de corpo, é o melhor para cada um de nós.
O melhor mesmo, seria se todos pudessem serem felizes, simplesmente sendo quem são.
O meu cabelo me representa, a minha roupa me representa, o meu peso me representa, a minha cor me representa, o meu caráter me representa.
Deixar o preconceito de lado e respeitando as pessoas como elas são e querem ser, é uma atitude que demonstra caráter.
Acorda!! E pára de se apoiar no seu preconceito velado e encara de uma vez por todas, que somos todos iguais e aceitos por nossas individualidades, aos olhos mais importantes, que são os daquele que nos olha lá do céu.
E Ele não nos julgará por nossa aparência, porque Dele vem todo o amor mais limpo.
Caí na real e abra a sua mente, esfrega com força e tire o seu preconceito idiota daí.
Viva e simplesmente deixe viver.