segunda-feira, 27 de junho de 2016

Como eu era antes de você

Não quero fazer spoiler (só um pouquinho), também não sou nenhuma crítica de cinema, portanto, só vou usar da minha emoção para falar desse filme, tão emocionante, que me trouxe uma poesia, durante e depois de tê-lo assistido.
Livro de Jojo Moyes, adaptado para o cinema, Como Eu Era Antes de Você, traz uma situação real, de alguém que sofre um acidente, tornando-se tetraplégico e vê sua vida tornar-se muito menos importante do que era antes do acidente.
Will Traynor, tem que lidar com o fato torturante de que não pode mais ter uma vida normal, tendo assim que se adaptar à nova realidade, até que em determinado momento, se depara com Lou Clark, uma garota simples e ao mesmo tempo diferente das outras que havia conhecido no passado.
E aí a trama se desenrola, com muitos momentos de dificuldades, delicadezas explícitas, companheirismo, amor e lágrimas.


Ainda não li o livro, normalmente procuro ler e depois assistir ao filme, dessa vez fiz diferente, mas isso não me impedirá de querer descobrir aquilo que só o livro tem para dizer.
Voltando a falar do filme, senti um misto de alegria e dor, porque muitas vezes só o amor não é o bastante para que alguém especial permaneça em nossa vida.
E por mais que se lute muito para que isso aconteça, nem sempre acontece.
A vida as vezes embrulha tudo mesmo, e um caso lindo de amor, fica imortalizado ali, no nosso coração.
Esse filme, me arrancou muitas lágrimas, porque por muitas vezes me sinto limitada para amar, obviamente são problemas bem diferentes um do outro, mas sentir dores constantemente, fadiga e um esgotamento fora do comum, me impossibilita de dar asas a minha imaginação, e voar pelo mundo do amor, do romance, das pequenas delicadezas que um casal pode vivenciar.
E no fundo, isso foi muito forte pra mim, e enquanto eu assistia ao filme, eu pensava que tudo o que eu quis de uma relação de amor, foram pequenos gestos de carinho, livros compartilhados, bilhetinhos “esquecidos” com trocas de palavras carinhosas, músicas românticas e até esse jeito um tanto piegas que os românticos tem de amar...
Talvez o pouco que eu queira viver com alguém, seja muito para o outro me dar, porque eu sou urgente em minhas emoções.
E as pessoas num modo geral, estão pouco disponíveis para amar como eu, para sentir intensidades como eu sinto, e então os desencontros acontecem, sempre.
Vim com a intenção de falar do filme, dessa história linda, que apanhou meu coração de jeito e me fez refletir sobre a minha história, mas os assuntos se misturaram, é, essa sou eu, uma mistura de sentimentos gigantes e urgentes.
Assista o filme, leia o livro, ou vice-versa, e jamais deixe de sonhar.
E num momento qualquer, quando não existir mais a intenção de ser feliz no amor, esse amor tão sonhado venha a acontecer na sua vida, de forma real e até palpável, e perceberá que amores de livros e filmes podem mesmo ter sido baseados em fatos reais.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Acredite em você e assuma os riscos

Sempre bom parar, fazer uma pausa na vida, analisar como estamos conduzindo nossa história.
Quase nunca isso é feito, parece que por inúmeras vezes a gente vai empurrando a vida com a barriga e aí quando se dá conta já passou o tempo certo de ajeitar as coisas.
Muitos não estão confortáveis em suas próprias vidas, trabalham com o que não gostam, mantêm relacionamentos amorosas, sem o mínimo amor por si mesmos, permanecem com amizades que já não funcionam faz tempo... enfim, vários de nós vivem em marasmos cotidianos, só por medo de enfrentar nossas dores e reagir corajosamente, mudando o quadro.
Ter uma postura firme e corajosa, muitas vezes dói, porque criamos raízes profundas em solo infértil.
Agindo assim, vamos nos desobrigando a tomar as rédeas de nossas vidas e de um jeito bem covarde, vamos deixando de viver e de ser.
Como diria o poeta Lulu Santos, nem sempre é so easy se viver...
Acreditar em si mesmo nos desobriga a agir de acordo com o que esperam da gente, a seguir nosso coração, independentemente das questões que precisamos responder, afinal de contas, são nossas questões, portanto, as respostas precisam ser reconhecidas dentro de nosso âmago.
Como por exemplo, perceber o que nos faz bem e o que nos faz mal, é um bom começo para as mudar as atitudes.
Ser livre, é algo tão mais profundo do que se acredita. Ser livre, é ser quem é, não importante a situação.
O tempo todo agimos com disfarces e de forma dissimulada em muitos momentos de nossa estadia aqui na terra. E por que? E pra quê?
Talvez por que temos medo de assumir as responsabilidades que a verdade traz para nossas vidas, e isso é inevitável, e agir como adulto é muito difícil, mas realmente necessário.
E quando saboreamos o gosto dessa liberdade, dessa postura de gente grande, entramos num estado de êxtase maravilhoso, então a felicidade se instala e toma conta de nós.

Seja dono de si mesmo, enfrente a vida de peito aberto e jamais ocupe os outros, com respostas que devem vir de você, assuma o risco de ser feliz.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Decida-se!


Creio eu, que uma das coisas mais difíceis de fazer na vida, é tomar atitudes diante de algumas situações.
Realmente não é fácil, sabemos que ao fazer isso, estamos também correndo riscos, mas não se pode viver com a dúvida, então se torna precioso se arriscar, ir além, arcar com as perdas e perceber os ganhos que essa coragem pode nos trazer.
Isso é viver. Saber que riscos existirão de qualquer forma, mas que se não existir uma reserva de coragem em momentos decisivos, corremos o perigo de sucumbirmos nas curvas que a vida traz.
Se faz necessário uma introspecção, um silêncio, uma reserva de amor por nós mesmos, um debate interno e uma conversa franca com Deus.
Quando se consegue chegar ao veredicto, se estabelece em nosso interior, uma paz, uma liberdade de ser quem é, uma expansão de nossa alma. Algo impagável.
Claro, que existirão dias de dor, dias em que o escuro da noite, nos habita, com uma força tão grande, que fica quase imperceptível o bem que essa decisão nos fez.
E corre-se o risco de sermos atropelados por uma avalanche de arrependimento, mas ao respirar profundamente e voltar a ter a junção do raciocínio lógico e de uma camada extra de mais amor próprio, novamente percebemos que aquela decisão tão debatida anteriormente, foi sim, a melhor decisão.
É preciso ter coragem para viver nesse mundo, é também preciso, se religar todos os dias com nossa fé, nossa sabedoria inata.
Com o caminhar da vida, vamos percebendo, que as decisões mais importantes, são sempre as mais difíceis e doloridas, mas quando viramos a chave e a coragem se instala dentro de nossos corações, ao longo da jornada, vamos tendo a certeza de que fizemos a coisa certa.
Felicidade também é paz de espírito. 

domingo, 5 de junho de 2016

Em minha própria companhia


Tenho estado em paz, tenho me amado muito e tido momentos muito tranquilos em minha própria companhia.
Por muitas vezes tive medo de me ver sozinha, depois de alguns relacionamentos longos, percebo que fiz uma opção muito acertada, quando quis voltar a me encontrar, a me ouvir melhor, no silêncio das minhas andanças na estrada da minha vida.
Parece estranho uma mulher mais próxima dos 40 do que dos 30, estar bem, estando sozinha, mas aprendi aos trancos e barrancos da vida, a me acolher, a me abraçar, a ter bons papos comigo mesma.
Mas para chegar no nível dessa relação interior comigo, não foi tão simples, como pode parecer.
No começo dessa pseudo solidão, penei muito, chorei dias e noites, perdi a fome, perdi o riso, perdi o brilho, via os dias passarem em preto e branco e isso me deixava muito assustada.
Depois do primeiro mês passar, comecei a enxergar uma nova mulher dentro de mim, menos confusa, aflita e contorcida de angústias.
Era ensurdecedor esse silêncio diário, a busca pelas perguntas feitas a todo momento. Era doido demais.
Mas um dia a chave emperrada virou, e a partir daí, foi ficando muito agradável, estar na minha própria companhia.
Fui obtendo as tais respostas, fui enxergando sob uma nova ótica o que estava acontecendo com meus sentimentos, fui me acalmando.
Entre meus escritos, meus livros, meus filmes, minhas músicas, minhas xícaras abarrotadas de chá, fui me reencontrando, na verdade, fui me encontrando, porque acho que nunca havia feito isso antes...
Nos tornamos mulheres no âmago e na intensidade de ser mulher, quando acordamos para nossos sentimentos mais internos, mais confusos e inquestionáveis.

Hoje sei quem sou, não o suficiente para não buscar novas respostas, mas o suficiente para me acalmar e seguir em frente.

Solteirice não é solidão!


Solteirice não é solidão.
Solidão é estar com alguém e perceber que os temas das conversas não batem mais como antes.
Solidão é perceber que a pessoa que mais você gostaria de compartilhar as histórias de um bom livro, não se interessa para ouvir essas histórias.
Solidão é sentir dia após dia que seu parceiro, não tem mais a mesma energia para estar com você, em datas especiais, ou num dia de sexta feira a noite.
Solidão é observar a falta de interesse dele quando você “grita” por romance na relação, e ele não percebe.
Solidão é quando a gentilezas vão se acabando, e gentileza e amor andam lado a lado.
Solidão é num sábado à noite, você saber que não o verá, porque ele está ocupado demais, até para te ligar e dizer que sente saudade.
Solidão é você ter vontade de expor suas opiniões e deixar de fazer isso, pelo simples medo que o outro não entenda e aí comece discussões que tiram toda e qualquer energia que você tenha.
Solidão é você estar doente e ter receio de incomodar o outro com isso.
Solidão é quando o outro sempre combina algo com você e por diversas vezes não cumpre, porque considera que a palavra dada não seja tão importante e que você tem que aceitar que ele tem coisas mais importantes para fazer do que o que havia combinado com você.
Solidão é sentir que o amor, já perdeu a sua força, e que por mais que você lute, esse amor nunca mais será o mesmo.
Você começa a enxergar, que por mais chateada que se fique, não existe um único culpado para o fim, porque talvez, você também não tenha sido o melhor que poderia ser para o outro. 
Então, você percebe que mais digno do que tentar colar os cacos, é se posicionar e perceber que você se basta sim, e que agora toda a energia que você tiver, será usada para se cuidar e se amar, e a partir desse momento, verá que estar solteira, não é estar solitária, porque a pior solidão, é permanecer numa relação que já acabou, mas que ninguém tem coragem o suficiente para admitir, e quando essa coragem vem, seus pulmões se enchem de ar e você adquire uma coisa, tão importante para se manter firme diante dos problemas da vida, e essa coisinha que cresce de dentro de você, depois da tomada dessa decisão, se chama PAZ.