segunda-feira, 27 de julho de 2015

Acumular para ostentar?



Já pararam prá pensar em como nós acumulamos coisas?

Temos mais do que precisamos, porque acumular faz parte da cultura do brasileiro e claro acumular para ostentar.

Precisamos mesmo do melhor celular? Do carro mais carro? Da roupa de marca? Do tênis de valor exorbitante?

Eu acho que muitos valorizam o TER, esse TER em qualquer situação, como por exemplo, ter o celular de última geração e faltar na qualidade da alimentação.

E o que é mais importante? São valores trocados, que precisam urgentemente serem avaliados para serem transformados. Não acham?

Não estou dizendo aqui que não podemos ter coisas bacanas, podemos nos agradar de vez em quando, mas não comprar para jogar num canto e nem saber o porque comprou, agir simplesmente pelo impulso da compra, que dá apenas uma satisfação momentânea.

De tempos em tempos faço uma organização nas minhas coisas e doo muita coisa, porque quando acumulo muito, sinto uma espécie de falta de ar, pela falta de espaço que tenho e também uma certa culpa, porque dificilmente precisamos de tudo o que guardamos no decorrer no tempo.

Temos uma cultura arraigada de que devemos consumir e ostentar, porque se não temos as melhores coisas materiais, isto é, aquilo que os outros podem enxergar em nossas vidas, não teremos status na sociedade.

E isso já tem início na infância, quando ao invés dos pais presentearem seus filhos com um livro, presenteiam com um tablet, depois na adolescência os livros continuam esquecidos e os pais dão aos filhos um celular de última geração, um tênis caríssimo, entre outras coisas, totalmente irrelevantes no processo educacional de seus filhos.

Fica bastante complicado formar cidadãos capazes de valorizar o que realmente tem valor. Não fica?

Daí vem uma mídia totalmente desprovida de valores sólidos para evidenciar que é preciso mostrar o que se tem, se exibir, tudo isso bastante embalado por quem não deveria ser considerado formador de opinião para essa legião de jovens de mente um tanto rasa.

O mundo está em colapso e o consumo exagerado de bens materiais também entra nessa onda de destruição.

Reciclar, reutilizar o que foi de alguém, não tem nada a ver com pobreza, isso tem a ver com os valores sadios que devemos cultivar e passar adianta, ensinar inclusive para nossas crianças, que estão crescendo sem mais esse valor importante.

Se a conta bancária está farta (o que é bem improvável atualmente), use esse dinheiro para investir no seu progresso intelectual, ou ajude quem precisa, inclusive proporcionando novas aprendizagens.

É só parar, pensar e ver o que de fato irá nos agregar mais em termos de qualidade de vida, a partir daí faça sua escolha.

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