Temos mais do que precisamos, porque acumular
faz parte da cultura do brasileiro e claro acumular para ostentar.
Precisamos mesmo do melhor celular? Do carro
mais carro? Da roupa de marca? Do tênis de valor exorbitante?
Eu acho que muitos valorizam o TER, esse TER em
qualquer situação, como por exemplo, ter o celular de última geração e faltar
na qualidade da alimentação.
E o que é mais importante? São valores
trocados, que precisam urgentemente serem avaliados para serem transformados.
Não acham?
Não estou dizendo aqui que não podemos ter
coisas bacanas, podemos nos agradar de vez em quando, mas não comprar para
jogar num canto e nem saber o porque comprou, agir simplesmente pelo impulso da
compra, que dá apenas uma satisfação momentânea.
De tempos em tempos faço uma organização nas
minhas coisas e doo muita coisa, porque quando acumulo muito, sinto uma espécie
de falta de ar, pela falta de espaço que tenho e também uma certa culpa, porque
dificilmente precisamos de tudo o que guardamos no decorrer no tempo.
Temos uma cultura arraigada de que devemos
consumir e ostentar, porque se não temos as melhores coisas materiais, isto é,
aquilo que os outros podem enxergar em nossas vidas, não teremos status na
sociedade.
E isso já tem início na infância, quando ao
invés dos pais presentearem seus filhos com um livro, presenteiam com um
tablet, depois na adolescência os livros continuam esquecidos e os pais dão aos
filhos um celular de última geração, um tênis caríssimo, entre outras coisas,
totalmente irrelevantes no processo educacional de seus filhos.
Fica bastante complicado formar cidadãos
capazes de valorizar o que realmente tem valor. Não fica?
Daí vem uma mídia totalmente desprovida de valores
sólidos para evidenciar que é preciso mostrar o que se tem, se exibir, tudo
isso bastante embalado por quem não deveria ser considerado formador de opinião
para essa legião de jovens de mente um tanto rasa.
O mundo está em colapso e o consumo exagerado
de bens materiais também entra nessa onda de destruição.
Reciclar, reutilizar o que foi de alguém, não
tem nada a ver com pobreza, isso tem a ver com os valores sadios que devemos
cultivar e passar adianta, ensinar inclusive para nossas crianças, que estão
crescendo sem mais esse valor importante.
Se a conta bancária está farta (o que é bem
improvável atualmente), use esse dinheiro para investir no seu progresso
intelectual, ou ajude quem precisa, inclusive proporcionando novas
aprendizagens.
É só parar, pensar e ver o que de fato irá nos
agregar mais em termos de qualidade de vida, a partir daí faça sua escolha.
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