CRIANÇA É CRIANÇA, e a ideia de falar sobre isso me veio do que assisti ontem, em uma das raras vezes que
assisto Super Pop.
O assunto era sobre uma menina de
8 anos que é funkeira, filha de funkeiro e que mostra um apelo bastante sensualizado
para a pouca idade, inclusive foi preciso uma readaptação de vestuário da
menina e letras mais infantilizadas, já que antes até sutiã de bojo a criança
usava, acompanhado de shorts minúsculos, maquiagem e uma sensualidade que não combina
em nada com uma criança, e sob a ameaça de poder perder a filha, o pai precisou
reavaliar sua conduta.
Não vou discutir sobre a menina
especificamente, até mesmo porque como ela, infelizmente hoje em dia tem várias,
eu mesma conheço algumas próximas a mim,
o que quero colocar em pauta é a irresponsabilidade dos pais, ou de quem “educa”
essas crianças, já que o incentivo a pedofilia só faz aumentar os casos e os
pais não deveriam colocar seus filhos na mira desses doentes, a obrigação de
quem cuida de uma criança e protegê-la e não o contrário.
Um pai ou uma mãe que acha
normal, uma criança ser erotizada é incapaz de construir uma base sólida e de
valores realmente importantes para o crescimento desse filho ou filha.
Respeito o gosto musical das
pessoas, meu intuito não é criticar quem gosta ou não de determinado estilo de
música, mas eu particulamente acho o funk extremamente sensual e sexual para
que crianças fiquem rebolando até o chão, absolutamente desnecessário.
Não acho que essas crianças sejam
culpadas disso, ao contrário, estão sendo vítimas de uma sociedade que a cada
ano rouba a infância de meninos e meninas, que já estão chegando a adolescência
aos 12 anos de idade, na minha opinião de mãe e pedagoga, isso é um ABSURDO.
A infância é o período mais curto
de nossas vidas, depois teremos a vida inteira para sermos adultos e assim
praticarmos coisas pertinentes ao mundo adulto, não posso concordar com meninas
expostas, como se fossem mini mulheres e meninos que se vestem como mini homens
e se comportam como se já estivessem na idade de namorar.
As meninas são erotizadas pelas
próprias famílias e os meninos desde cedo incentivados a “pegar as menininhas”,
serem os machinhos e garanhões, que futuramente tratarão mulheres como lixo.
Como muitos sabem, sou mãe também
e jamais, ao longo dos 15 anos do meu filho, nunca o instrui a ser um pilantra,
um mini cafageste, ao contrário, eu e o pai dele, os educamos para ser gente, homem
de verdade, porque para ser homem não basta só nascer com o orgão sexual
masculino, é preciso saber respeitar os outros e nesse contexto, respeitar as
mulheres.
Muitas pessoas ficam questionando
meu filho, por ele não namorar e não ser um pegador, como se isso fosse um
mérito nessa nossa sociedade porca e machista, mas com a educação dada por nós
e sua personalidade, ele sabe quem tem tempo para tudo, e que não precisa
provar sua masculidade para ninguém.
O que quero muito dizer, aos
educadores que estão lendo esse meu texto agora, é que não permitam que seus
filhos e filhas, façam parte dessa grande massa, onde a sexualização da criança
está na moda, porque essas crianças não tem nenhuma dimensão do que isso poderá
prejudicá-las no futuro, nós como pais, temos que direcionar os nossos filhos,
as nossas crianças, pro que de fato interessa e que de verdade vai formar bons
seres humanos para esse mundo tão caótico e necessitado de valores mais
sólidos.
Vamos ser os melhores exemplos
que eles podem ter, porque educação minha gente vem de casa, não é na escola,
ou na rua que irão aprender a se comportarem como deve ser.
Crianças são crianças, apenas
isso, não podem ser transformados em adultos mirins, uma infância bem vivida, só
irá fazer com que nossos filhos, além de tantas coisas boas, também não tenham
traumas.
Poderia continuar falando sobre
esse assunto por muito tempo ainda, mas deixarei para um próximo texto.
Só peço que reflitam e que já que
optaram por terem filhos, hajam como verdadeiros pais, ensinando o que esse
mundo cão está tentando tirar, que é a infância dessas crianças.
E basta desse tal quadradinho de
8!
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