segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

dona maluca


Ela sempre foi inteira, sempre, por toda a vida gostou de falar por meio da escrita, porque apesar de falar com todo mundo, quase nunca falava sobre ela (só com pessoas seletas).
Ela tinha um jeito meio maluco. Não parecia, mas era muito carente, carente de bons papos, de gente amiga de verdade.
Um dia, ela cansada daquela vidinha meio sem graça, só na espera do dia seguinte e cansada de relações exaustivas, do tipo: "tenho preguiça das pessoas...", resolveu sair do casulo e ir à luta.
Daí, conheceu um grande amor,  e como diria Clarice Falcão: "de todos os loucos do mundo, eu quis você, eu tava cansada de ser louca assim sozinha...". Ela quis "o louco", e resolveu que era com ele que queria dividar suas loucuras prá sempre, porque a loucura dele, parecia com a dela, nunca teve tanta certeza disso.
E depois resolveu, que se era prá trabalhar de um jeito chato e ganhar mal, dinheiro esse que talvez não desse prá comprar nem toda a sua coleção de livros da D. Clarice Lispector , ela resolveu que queria trabalhar e ser feliz com sua produção, mesmo que continuasse com pouco dinheiro, porque ela sempre acreditou que dinheiro que se ganha feliz, rende.
É, a arte não dá dinheiro, mas se der prá  ajeitar a vida, tá bom. Dinheiro demais pode ser muito danoso.
Enfim, ela descobriu que ser boa mãe, não é ser perfeita, é simplesmente ser mãe, aquela que atua, que agrega, que cuida, que ama, o resto se ajeita com o tempo e a idade do filho.
Essa mulher/menina maluquinha, é feliz, com todas as dificuldades, os dramas, as tpm's, ela me me disse que é feliz sim, e tem fé, e isso a mantêm firme e liberando a guerreira interna que todas temos.
Então, acho que ela pode nos ensinar um pouquinho, com suas histórias, sem super poderes, simplesmente nos mostrar, que todos podemos ser aquilo que quisermos, mesmo que venha um babaca de vez em quando nos dizer que não somos capazes.
Vai lá Dona Maluca, seja feliz e nos dê pistas de como encontrar essa felicidade, dentro de cada um de nós, é por aí que tudo começa...

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