quarta-feira, 8 de abril de 2015

Casamento não é regra de felicidade


Casamento... tema tão controverso e tão cobrado na sociedade...
Ontem recebi uma ligação de uma amiga e entre uma conversa e outra, ela acabou me questionando porque eu ainda não havia me casado e não tinha tido mais filhos, afinal talvez me ache velha demais para não ter passado por esse ritual ainda, de escancarar para a sociedade que uma mulher precisa ter alguém para chamar de “seu”.
Coincidentemente eu havia conversado com meu namorado sobre esse assunto no domingo.
Voltando aos questionamentos de minha amiga, percebi um certo espanto (preconceito), porque ela já tem um casamento de uns 10 anos e tem filhos com esse homem, entendi que na concepção dela, a pessoa fora do lugar, sou eu, por não estar dentro dos padrões estabelecidos por uma sociedade preconceituosa com nós mulheres.
Depois de permitir seus questionamentos, foi a minha vez de responder com uma pergunta: “Você se acha mais realizada e feliz do que eu?”. Obviamente e pelo histórico do casamento dela, ela se viu numa saia justa, ao tentar justificar que sim.
Engraçado, como que parece que para certas situações, as mentes não avançam de jeito nenhum.
Sim, meu estado civil, é de solteira, morei com o pai do meu filho por pouco tempo, não funcionou, o que foi bom para ambos, porque nos respeitamos muito mais depois da separação, coisa que talvez não teria acontecido se tivessemos insistido numa relação que não deu liga, sem afinidades a longo prazo, nos damos melhor, como estamos já há 13 anos.
Namoro há bastante tempo e estou muito feliz, nos damos muito bem, somos parceiros prá todas as horas, rimos a beça, inclusive um do outro, dividimos momentos bons e ruins e claro que já falamos sobre casamento, mas chegamos a uma conclusão de que o casamento em si não é definição de felicidade, como muitos podem pensar.
Estamos sempre juntos, e o fato de não sermos casados não nos afasta, talvez nos aproxime ainda mais, pois podemos nos dar o luxo de esfriarmos a cabeça no calor de uma discussão, ou mantermos uma certa individualidade benéfica para qualquer ser humano.
Não estou malhando quem quer casar, também penso nisso as vezes, embora que se fosse o caso, optaria por morar junto, antes de qualquer atitude que implique papéis, igreja e afins, inclusive existem matrimônios que deram super certo, acho que cada caso é um caso, e sim, a união matrimonial pode ser feliz.
Agora, casar para gritar pro mundo que faço parte da maioria das mulheres, não me apetece, pois ao longo dos meus 37 anos, vi casamentos se desfazerem por conta dessa vaidade exibicionista.
Casar por impulso, sem medir os prós e os contras de um casamento, pode ser uma atitude irracional e irresponsável, e chega um momento da vida, que não dá prá agir só com o sentimento que sente pelo outro, é preciso avaliar o todo, isso não é falta de amor, ao contrário.
Sei que determinadas pessoas se expantam com uma mulher na minha idade, com um filho adolescente não ostentar uma argola de ouro na mão esquerda, mas essas mesmas pessoas, vistas aos meus olhos, como preconceituosas, não merecem a minha consideração.
Respeito muito a opinião alheia, mas preso muito o meu direito de decidir sobre a minha própria vida.
E garanto, sou muito feliz e namoro muito mais que muita mulher casada por aí, posso ir além, sou muito mais amada, do que muitas que ostentam um marido prá sociedade machista, mas por dentro estão aos pedaços.
O mais importante é a paz de espírito e a felicidade, casados ou solteiros, o estado civil não define contentamento.

E fica meu manifesto contra esse tipo de preconceito.

2 comentários:

  1. Uhuuuu menina com um pensamento igual ao meu!!! Adorei, o importante é ser feliz em qualquer circunstancia, casado, solteiro ou "tico tico no fubá" conforme o jargão.

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    1. Ahahaha esse texto é a sua cara também amiga. Somos muito parecidas, amo ser parecida com você. O importante é sair das regras que nos aprisionam, e somente ser feliz, não importa o estado civil.

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