Malucas para nos enquadrarmos nos padrões de beleza estipulados pela mídia.
Hoje percebi o quanto sofro para ficar magra, e olha que não sou gorda, sou tamanho 42. Isso é ser gorda? É, hoje em dia é, e isso é muito sofrido.
Desde muito nova, sofro com meu peso, quando era adolescente ouvia cobranças terríveis da minha mãe, que desejava me ver sempre linda e com roupas que evidenciassem isso.
Sempre tive pernas grossas, bunda grande e sempre odiei ser assim.
Hoje estou com 35 anos e muitas vezes me vejo envergonhada pelo que sou.
Já fiz dietas que me fizeram perder bastante peso, e a olhos nus percebia-se que não era natural, apesar dos elogios, no fundo eu sofria, porque sempre queria ser aquilo que eu não era.
Agora estou numa nova dieta, pastando para perder míseros 5 quilos, e como tudo isso dói, porque a única coisa que eu quero é me olhar no espelho e me aceitar, com minhas curvas, do meu jeito.
Quero aprender a me amar, a encarar minhas imperfeições, como sinais de que o tempo passa e que com 35 não tenho que ter o corpinho que tinha aos 20, porque isso só me impede de ser realmente feliz como sou e também tenho inúmeras coisas legais, aqui dentro de mim, que são tão mais importantes...
Chega de cobrança inútil, se cuidar é bom para a saúde, mas tornar-se uma escrava da magreza e de tudo aquilo que uma sociedade medíocre nos dita ser, é assinar embaixo, que continuamos submissas a muitas coisas.
Cadê o ato heroico daquelas mulheres estadunidenses queimando seus sutiãs em praça pública? Elas fizeram isso há muitos anos atrás para nos liberar das opressões de uma sociedade machista.
E devemos continuar mantendo atitudes contra tudo aquilo que possa nos oprimir.
Não somos escravas de padrões de nenhuma forma, somos mulheres maravilhosas, fortes e capazes de sermos felizes, simplesmente sendo nós mesmas.
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